16.8.10

Réflexions d'une Jeune Fille

E por que teimava em ser assim, intensa?
Tudo pra ela era novidade.
Um beijo, nada novo, já fazia anos que convivia com as idas e vindas do amor, mas um beijo trazia-lhe o coração aos pulos.
Havia algum tempo que não se sentia assim, e se lhe perguntassem diria: Não, não estou apaixonada, apenas tem muito tempo que não vivo nada assim. Devagar.
Devagar é estranho, devagar assusta.
Devagar para ela, intensa, parece não lhe dar rédeas.
Sempre disse: Carpe Diem.
Para que? Do que lhe serve um dito bucólico que professava durante a adolescência quando já tem vinte e poucos.
Paradoxalmente, naquele tempo quando deveria ir devagar; foi rápido.
E quando, em tese, as coisas deveriam ser mais fáceis...parecem, lhe parecem, mais diversas.
O mundo, leia-se o amor, foi sempre uma piscina. Mergulhava de cabeça, refrescava-se, aproveitava o sol mas, por vezes, levava "um caldo"...Esbaforida, saía da água, corria, prometia que não mais voltaria.
Do que adiantava tanto esforço? Seu signo de água, intenso, impulsivo, a levava no dia de sol seguinte para lá...Esquecida, nadava, mergulhava mais uma vez...
Bem, o que fazer, quando tem que entrar na tal da piscina pela escada? Pé-ante-pé? D-E-V-A-G-A-R? Dá insegurança, ansiedade, parece até que não sabe mais nadar.
A vontade é de saltar do primeiro degrau da escada, fazer uma acrobacia no ar, e mergulhar.
Afinal,é intensa...
Contudo, resta-lhe apenas ser comedida, ser intensamente comedida.



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